Ocidental morando na Ásia (com exceção do Japão, pois esse tem a imagem do “Primeiro Mundo”) é sempre um stress. Cuidado com a água! Gripe aviária, não sai de casa! Tifo, tétano, hepatite, toma vacina, toma vacina! Os brasileiros que moram aqui na Coréia levam a vida mais na boa, sem neuras, seja porque cuidados com saúde pública já fazem parte do nosso dia-a-dia, seja porque somos mais imunes a mitos e lendas. Mas vamos tomar novamente, como exemplo, nossos amigos alemães e estadunidenses morando por aqui…
Dizem que o leite coreano é o leite com o maior índice de antibióticos do mundo. Mito ou verdade, eu não sei. A única coisa que sei é que todos as marcas de leite aqui são Tipo A, e muito gostosos. Mas nossos amigos anglo-saxões não tomam esse leite de jeito nenhum. Tomam leite orgânico, que custa de US$ 7 a US$ 8, porque tomar um leite com um alto índice de antibióticos é um absurdo. Sem problemas, respeito e louvo a atitude. O que não engulo é que no primeiro indício de um resfriado eles “baixam” no PS do hospital mais próximo para um coquetel molotov… de antibióticos. Sejam os adultos ou as crianças, os pacotinhos mágicos com sete comprimidos descomunais passeiam junto com eles. Tomar leite com antibiótico não pode. Tomar uma dose cavalar de antibiótico desnecessariamente pode.
A água também é alvo dos anglo-saxões. “Tem muito cloro”, dizem eles, “impossível cozinhar com ela. E vai saber como essa água é tratada…” . O resultado disso são galões e mais galões de água mineral utilizados para cozinhar. Também sem problemas, respeito a atitute. E penso que eles não têm idéia do que é cloro na água! Só quem vive em São Paulo sabe o que é abrir a torneira em certos dias e ver um líquido branco sair dela! Enfim… Mas aí vem o outro sapo querendo descer na garganta: o povo vai ao banheiro, faz o número um e o número dois, e sai da casinha sem lavar as mãos. A mão que vai no corrimão da escada do prédio, na porta de casa, nas coisas empoeiradas e na maçaneta do banheiro também manipula o papel higiênico que vai limpar as “partes”, que sai dali e fecha todo o ciclo novamente, incluindo a cozinha, onde ESSA MÃO VAI COZINHAR! Cozinhar com a água da torneira não pode. Fazer cocô e não lavar as mãos pode.
Sou totalmente a favor da mudança de atitudes para uma vida mais saudável. Mas isso tem que estar ligado à coerência. As mesmas pessoas que evitam o leite coreano se entopem coca-cola, gordura trans e comida pronta das prateleiras dos supermercados. Os que não usam a água da torneira não exercem os hábitos mais básicos de higiene, como lavar as mãos, escovar os dentes e tomar banho diariamente.
Talvez a falta de coerência seja o verdadeiro mal da humanidade… O mal de todos nós.
Hahahahaha me assusta a cara de pau dessas pessoas. É incrível!
E.. antibiótico no leite? Não que eu realmente me importe com isso, mas… Nem sabia que existia. Teve, tempos atrás, pelo menos aqui em Sampacity, um caso de água oxigenada e soda cáustica no leite, mas já passou e ninguém nem lembra mais disso. E diga-se de passagem, quem reclama de antibiótico no leite ficaria como se lesse sobre soda cáustica e oxigenada? Queria ver a cara do fulano…
Claro que não se deve generalizar, mas eu ando com uma antipatia por certas nacionalidades… Faz um tempo, na verdade.
Enfim. Tchauzinho de Miss pra essas pessoas…
Isso é o que chamo tapar o Sol com a peneira…
Beijo!
Marlene, adorei o tchauzinho de miss! Hahaha! Bjs!
Oi Tati, acho que a gente também faz alguma batata dessas.. Só ainda não descobri o quê! Bjs!
Sel,
Só pode ter sido transmissão de pensamento…
Pensei em escrever pra você a semana inteira…
Muito bom receber notícias suas!!!
Como você já deve ter percebido, também ando muito sumida ultimamente…não sei se você sabe, mas também estou grávida e minha filhinha nasce em dezembro.
Inclusive, gostaria de parabenizá-la pela sua gravidez e desejar um mar de felicidades para você e o Renato.
E vocês, como vão? Mande notícias.
Um grande beijo,
Com saudades,
Aninha.
Selma, nós brasileiros, além de sermos imunes a lendas, também somos imunes a muitas bactérias por não sermos criados com tanta frescura.
E graças a Deus somos um povo que gosta de tomar banho (pelo menos a maioria).
Beijos.
Oi Aninha! Parabéns prá você também, uma menininha chegando! Já passei lá no Receita e deixei um recadinho!
Bjs!
Lucy, costumo dizer que a gente é “cascudo”! Não tem água, comida ou micróbio que derruba a gente! Bjs!
Ieca ! Que nojo!!!!!!!!!!!! E ainda dissem que são cultos. Como dizem, cultura é algo muito particular. Melhor tomar antibiótico e cloro em doses homeopáticas. Beijos!
Oi Marta! Não se trata muito de ser culto ou não, mas sim da lógica de raciocínio. Nesse quesito, damos de cem a zero! Bjs!
Imagino que deve ser MUITO interessante ter oportunidade de conhecer culturas e hábitos tão diferentes…
Eu, de minha parte, sigo os princípios básicos da higiene, aqueles que a gente aprende desde criancinha
mais alguns que a gente descobre depois…
Oi Picida! Interessante é… mas haja paciência, viu! Rs! Bjs!
hehehe… outro dia estava comentando esse negócio de lavar as mãos por aqui. Que a propósito, não existe!
Alguém me contou que havia uma estatística nos EUA que, quando a pessoa estava saindo do banheiro e havia outra, ela lavava as mãos, mas se não houvesse ninguém, saía sem lavar. Sabe-se lá como mediram essa estatística, mas enfim…
Pois na Espanha, não precisa medir nada, é muito fácil de saber, independente de ter outra pessoa ou não no banheiro, a espanhola (e espanhol – porque já perguntei ao Luiz) não lava a mão nem a pau! Nunca! Nem quando você entra no banheiro junto com alguma empregada da cozinha, ela não fica nem sem graça, sai sem lavar a mão e acabou!
O capítulo do leite, é outra coisa curiosa, não sei se você sabe como é processado o leite nos EUA (na Alemanha não sei), mas eles tem tudo padronizado e o leite precisa ter um percentual “X” definido de gordura. Portanto, eles fazem o seguinte, tiram toda a gordura do leite e… depois injetam gordura novamente, mas dessa vez com um percentual definido. Com certeza, essa gordura injetada quimicamente deve ser muito mais saudável, né? Daí eles aproveitam e colocam mais um zilhão de vitaminas da moda e você tem uma prateleira cheia de tipos de leites diferentes. Todos simplesmente deliciosos, mas engordam só de olhar para a caixa! Enfim, de uma coerência espantosa!
Vou nessa que já escrevi um testamento 🙂
Besitos
Oi Bianca! Fico pensando se essa gente nunca ouviu falar de Pasteur… Não dá prá entender!
Agora, essa do leite nos EUA é novidade prá mim! Já foi prá dentro da manga! Vou sacar isso na primeira oportunidade! Bjs!